A Administração Nacional de Seguridade Social (ANSES), órgão do Governo Federal da Argentina, passa a reconhecer o “trabalho materno” como trabalho para a contagem de tempo da aposentadoria às mães do país.
O projeto irá beneficiar cerca de 155 mil mulheres argentinas com mais de 60 anos que necessitaram se dedicar aos cuidados de seus filhos de forma exclusiva (interrompendo suas trajetórias de carreira) e que ainda não acumularam tempo de contribuição suficiente para a aposentadoria.
A conta é simples: (i) acréscimo de 1 ano de contribuição para cada filho; (ii) acréscimos de 2 anos de contribuição para cada filho adotado; (iii) acréscimos de 3 anos de contribuição para cada filho com deficiência.
Se a mulher fizer parte de grupo que receba algum tipo de assistência social, poderá acrescentar mais 2 anos por filho.
A medida ainda deve ser aprovada na Câmara e no Senado argentinos. Esta mudança será revolucionária por reconhecer o cuidado materno como uma forma de trabalho importante para a manutenção da sociedade, mas que por não gerar valor econômico para o sistema capitalista, não é remunerado.